Geração Fast Food
Sabemos que, nos últimos anos, a tecnologia se desenvolveu mais que durante toda história do homem. As pessoas têm pressa. Há pouco tempo para se fazer muita coisa.
Quando eu era criança, contava-se nos dedos os itens da nossa vivência. A gente estudava, ia ao cinema, aos domingos, e fazia uma roupa nova a cada aniversário ou casamento de algum parente próximo.
Os mantimentos da despensa eram sempre os mesmos. Arroz, açúcar, feijão, macarrão, fubá… Nada de enlatados, envidrados ou empacotados. Eram sempre comprados a granel no armazém da esquina. Era tudo muito simples. Não havia as ofertas de mercado que tem hoje como tecnologia, lazer, supermercados, shoppings, novidades e mais novidades; ele tem e eu quero ter; ela tem e eu tenho de ter.
À tardinha, as mães sentavam-se às portas das casas para papear e monitorarem as brincadeiras dos filhos. Conversavam, mas não tiravam os olhos da ninhada. A meninada se alegrava, aprendia e crescia nos jogos de bente altas, mãe-da-rua, patinete, carrinho de rolimã, roda, peteca, bolinha de gude e finca, quando chovia, para aproveitar a terra úmida.
Os itens eram poucos, mas preciosos e intensamente vividos. Tínhamos tempo de qualidade para curtir a vida, planejar o futuro e ficar na janela vendo a banda passar.
E quando o futuro chegava a gente sabia que estava no futuro. Era tempo de viver o que se havia planejado , o que se arquitetou. Era tempo de se deleitar com a realização das coisas tão esperadas. Fazia-se o possível e o impossível para o cumprimento dos planos. Fossem eles uma carreira, uma profissão, uma mudança ou um casamento. Aquilo tinha de dar certo. E dava, porque havia um investimento, um empenho, uma dedicação. E as coisas aconteciam em paz. Na paz da coisa planejada.
E hoje, como vivemos? Somos influenciados pela mídia e despertados para as “necessidades” banais e frívolas. Não atingimos o futuro nunca. Estamos sempre implodindo o que construímos e começando tudo de novo. Agitamo-nos de um lada para o outro sem saber exatamente o que queremos. São tantas ofertas e as oportunidades dessa fabrica de ilusões da vida contemporânea, que não temos tempo de pensar em nossas escolhas e planejá-las.
Somos empurrados pelas circunstâncias na mesma correria com que escolhemos nosso sanduíche. – Quero um “X-Burguer” – ah! Não, pode ser um “X-Salada” – quer saber, pode me dar logo um “X-Tudo” . É fácil assim. E a vida e o futuro entram nesse mesmo “tanto faz” das escolhas da lanchonete.
A confusão para viver é a mesma. São muitas ofertas, fazendo pouca diferença. No restaurante, tudo é bom. O problema é a fome e os recheios são apenas opções.
Nós, cristãos, não precisamos entrar nessa forma, sujeitando-nos às influências mundanas. Podemos planejar nosso futuro com a orientação do Senhor que zela para fazer cumprir em nós tanto o querer como o realizar. Temos gostos, dons e talentos, dados por Deus, que precisam ser levados em consideração, ao planejar nosso amanhã.
Faça isto com sua vida. Invista no que você planejou. Construa, gaste tempo, aguarde que vai eclodir algo lindo aí onde você trabalhou. Sossegue sua alma. Viva, hoje, a expectação do futuro que você idealizou ontem. Se tiver vigor, planeje outro futuro embasado no que já está alicerçado sem precisar desmanchar tudo. Deixe que o tempo de derrubar pedra vai chegar naturalmente. Dependa de Deus para orientá-lo em tudo que for necessário. Tudo tem seu tempo determinado, e há tempo para todo propósito debaixo do céu ( Ec 3:1 ).
Nós estamos no mundo, mas não somos do mundo. Não precisamos levar nossa vida como montar um sanduíche. Jesus, que conhece nosso passado, presente e futuro, pode imprimir em nós o ser caráter. E, nesta nova natureza, somos perfeitamente capazes de construir uma vida digna como um fino prato “a La carte” servido à fracesa, num delicado manjar,rigorosamente ornamentado e regado com vinho novo servido em taça de cristal. É na vossa perseverança que ganhareis a vossa alma ( Lc 21:19 ).
Bom apetite.
** Texto extraído integralmente do boletim informativo – N.66 – Junho/2008 da Igreja Batista Príncipe da Paz –autora: Rosangela Brito de Oliveira Lima
GRAÇAS A DEUS POR JESUS CRISTO !
Realmente esta é uma grande verdade que não tem como ter contestamento algum. A humanidade vive isto hoje de maneira geral, todos nós infelizmente já fomos engolidos por isto, mas Deus tem levantado pessoas como esta irmã, para trazer uma palavra de desperta- mento para sua igreja de maneira geral,e assim o corpo de Cristo abrir se manter firme, e fazer diferença nesta terra que clama por uma vida plena em todas as áreas. Gloria ao nome do Senhor Jesus.